"A latinidade não é um caricatura, é uma realidade complexa, diversa e em constante reinvenção." - Julieta Venegas, cantora e compositora mexicana
Minha alma latina nasceu no momento em que comecei a criar consciência de ser, e não da forma como me visto. Na verdade, meu estilo tem pouca referência do meu país de origem e muito mais do lugar com o qual me identifico: Londres.
Sim, a minha “latinidade” que para alguns poderia representar a imagem clássica da brasilidade é, na realidade, moldada por uma cidade inglesa. E é justamente por isso que estamos tendo essa conversa aqui.
Falar de cores e maximalismo é também falar de Brasil, e de muitos países latino-americanos, mas não exclusivamente. Se fosse assim, Londres seria mais "latina" do que muitos países da América Latina. E por que isso importa? Porque precisamos parar padronizar culturas.
O que me torna brasileira não é só ter nascido no Brasil, mas sim a cultura na qual fui criada, e essa cultura, definitivamente, não tem a ver com cores, com tipos de roupas ou com a forma como me visto.
O problema começa e termina sempre no mesmo lugar: padronização.
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